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CRIOSFERA

Publicado Por: INPE
Última Modificação: Jul 22, 2021 11h20

Criosfera1 - O futuro das medidas para o estudo da atmosfera Antártica.

Imagem da Criosfera Frontal

Figura 1. Vista Frontal do módulo Criosfera 1
(Foto: Marcelo Sampaio - INPE).

A possibilidade de acompanhar as variações dos parametros atmosféricos de forma ininterrupta é um fator chave para melhor entender as mudanças climáticas na Antártica. Atualmente existem diversas estações científicas onde são realizadas medidas dos parâmetros fisioquímicos e meteorológicos durante o inverno e o verão, entretanto, a maioria destas estações está localizada na borda do continente Antártico.

No verão 2011/2012, o módulo de pesquisas Criosfera 1(Figura 1) foi instalado no centro-oeste do continente antártico nas coordenadas 84º,00’ S; 79º,30’ e elevação 1200 m. Apenas como termo de comparação, este ponto geográfico esta localizado a aproximadamente a 2500 Km ao sul da Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz e a 670 Km do polo sul geográfico.

O Criosfera 1(Figura 2) se encontra em operação desde o dia de sua inauguração 12 de janeiro de 2012. Esta nova plataforma científica usa apenas o sol e o vento para suprir a energia necessária aos equipamentos de pesquisa atmosférica, instrumentação meteorológica, assim como aos sistemas de armazenamento e de transmissão de dados.

Imagem da Criosfera Traseira

Figura 2. Vista Traseira do módulo Criosfera 1
(Foto: Heber Reis Passos - INPE).

A instrumentação meteorológica realiza medidas do valor da temperatura do ar, velocidade e direção de vento, umidade relativa, pressão atmosférica e irradiação solar total. São medidas ainda a concentração de dióxido de carbono no ar e a deposição de neve local. Os dados de temperatura interna do módulo, temperatura junto aos equipamentos e de corrente dos painéis solares e geradores eólicos são também medidos e enviados pelo “link” de satélite por meio do sistema ARGOS.

Os dados destas medidas são acumulados em um “datalogger” em alta resolução e seus valores médios são enviados a cada hora pelo satélite. É realizada também uma amostragem de aerossóis por meio de um sistema de integração mensal que utiliza filtros do tipo Nuclepore Track-Etch Membrane com porosidade de 0,4 µm. Esta amostragem tem como objetivo a análise da composição elementar e iônica dos aerossóis.

Para geração de energia, o Criosfera 1 utiliza quatro turbinas com capacidade de 160 Watts cada (velocidade de vento de 12,5 m.s-1) e quatro painéis solares com capacidade de 1000 W.m-2 a 25ºC. A energia gerada é armazenada em uma unidade de baterias chumbo-ácidas do tipo AGM de 8 kW-hora. Durante o inverno este banco de baterias consegue manter toda instrumentação por um período de até quatro dias sem vento.


Entidades Participantes

  • INPE
  • UERJ
  • UFRGS
  • PROANTAR e INCT da Criosfera
  • CNPq

Adicionalmente, as informações coletadas neste projeto contribuirão para:

  1. Entender o papel do Oceano Austral nos fluxos de calor no equilíbrio de água doce do planeta;
  2. Estudar e avaliar a estabilidade da circulação do Oceano Austral;
  3. O papel do oceano na estabilidade do manto de gelo antártico e sua contribuição para o aumento do nível do mar;
  4. O futuro da Antártica do gelo marítimo; e,
  5. Os impactos das mudanças globais sobre os ecossistemas do Oceano Austral.

O Papel dos Aerossóis nos Processos Biogeoquímicos e nas Alterações Climáticas no Trecho Atlântico Sul – Península Antártica. Edital MCT/CNPq nº 23/2009 – PROANTAR (Processo nº 556971/2009-4).




Coordenador:

Heitor Evangelista da Silva

Contato:

Telefone: (21) 2334-0133
Email:
evangelista.uerj

Equipe:

Dr. Heitor Evangelista da Silva (UERJ/LARAMG)
Dr. Marcelo Sampaio (INPE/GEOMA/DGE)
Dr. Alexandre Santos Alencar (UERJ/LARAMG)
Dr. Márcio Cataldo (UERJ/LARAMG)
Técnico Heber Reis Passos (INPE/DSA
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Contato INPE

Marcelo Sampaio

Telefone: (12) 3208-